terça-feira, 25 de maio de 2021

Meine Lehrjahre des Sprache des Paul Celan oder "Warun Deustch?"

Mein erster Kontakt mit der deutschen Sprache war durch die Literatur in der Schule: Werther von Goethe. Obwohl es auf Portugiesisch war, habe ich sofort versucht, herauszufinden, wer der Autor war und woher er stammte. Ich mochte schon immer Rockmusik und lernte deutsche Bands wie Rammstein, Oomp!, Kraftwerk, Nena und Falco kennen. Ich habe angefangen, selbständig Deutsch zu lernen, mit Materialien von DW. 

Im Jahr 2009 entschied ich mich, die Aufnahmeprüfung für Deutsch an der UERJ zu machen. Im Jahr 2010 begann ich mein Studium und erreichte Deutsch V mit großen Schwierigkeiten, so dass ich beschloss, eine Pause einzulegen, andere Dinge zu studieren, aber mein Wunsch, das zu beenden, was ich begonnen hatte, war stärker. Ich ging 2018 zurück zur UERJ, machte die Praktika und liebte die Erfahrung, Deutschstunden zu planen und zu geben. Ich habe gemerkt, dass ich beim Unterrichten viel mehr gelernt habe. Ich mag die deutsche Kultur sehr, ich identifiziere mich, mir gefällt das deutsche Kino, die Literatur, das Essen und die deutsche Musik. 

Die größten Schwierigkeiten hatte ich mit dem Wortschatz und der grammatikalischen Struktur. Ich habe lange gebraucht, um die Wichtigkeit von Wortlisten zu verstehen, die man im Heft schreibt, um sie im Wörterbuch zu suchen. Neben diesen Schwierigkeiten fehlte es mir an Disziplin, etwas, das zum Erlernen einer Sprache unerlässlich ist. Wenn ich etwas ändern könnte, würde ich seit 2010 am ICG lernen und mehr organisiert sein. Aber ich weiß, dass es nicht nur diese Schwierigkeiten waren, ich hatte auch andere Probleme wie Angstzustand und Depression. Aber das ist vorbei und heute macht mir das Deutschlernen tatsächlich Spaß. 

Ich träume davon, Berlin kennenzulernen. Ich weiß nicht, ob ich dort leben würde, aber ich würde wahrscheinlich einen Film oder Literatur Kurs- und Übersetzungskurs belegen. Heute möchte ich Literatur und Portugiesisch unterrichten, aber ich schließe nicht aus, privaten Deutschunterricht zu geben, ich denke, ich habe Potenzial und würde es gerne versuchen. In letzter Zeit habe ich mich bemüht, meine Aussprache zu verbessern, deshalb plane ich, nach Deutschland zu gehen, um meine Aussprache weiter zu trainieren und fließender zu sprechen. Aber während ich in Brasilien bin, möchte ich einen Master-Abschluss in Literatur oder Literaturtheorie machen und einige Übersetzungsprojekte durchführen.  Ich habe auch darüber nachgedacht, Gedichte zu schreiben, ich liebe es, über Wörter nachzudenken und schön und klingende Wörter zu finden.


sábado, 27 de março de 2021

"Eine große Konfusion"*



                    


Normalerweise betrete ich in die Klasse und sage "Gute Nacht" statt "Guten Abend"! Dann werde ich peinlich berührt. Denn "Guten Abend" ist ein Gruß der Ankunft und "Gute Nacht" ein Abschiedsgruß vor dem Schlafengehen. Ich weiß das, aber ich wechsle immer. 

Als wir bei UERJ von Professoren der Universität Jena besucht wurden, kannten wir die Regel für Duzen und Siezen, weil die Professoren älter waren. Aber als ein jüngerer Professor auftauchte, der mit unseren Gepflogenheiten sehr vertraut war, hatte ich meine Zweifel. Also wartete ich normalerweise, bis er anfing zu sprechen, um zu wissen, ob es "du" oder "Sie" sein würde. Ich hatte also nie ein Problem damit. 

Meine große Schwierigkeit liegt bei Anrede, Grussformel und Schreibstil. Formell oder informell sein? Wann kann ich Banalitäten sagen oder wann sollte ich das Thema direkt ansprechen? Es kommt auf den Empfänger und die Umgebung an. Arbeit, Studium, Freunde oder Geschäft. Für jede Gruppe eine Grussformel. Aber ich mich ganz verwirre. Aber ch mache nicht dwn Fehler , einen zu langen E-mail zu schreiben. 


*Rede von Minister Gilmar Mendes während einer offiziellen Erklärung, die zum Meme wurde.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Desde quinta-feira

"O diabo na rua, no meio do redemunho" 
Guimarães Rosa 


A breve estória que vou contar aconteceu quando dona Socorro quis tirar o diabo da sua casa e não sabia como nem porquê. Talvez porque, lá no seu íntimo, sabia que demo de casa não faz milagre. Redemoinho veio com um mosquitinho. Fez zumzumzum e picou a perna da Socorro. Dona Socorro, mosca-morta quase ficou morta mesmo, sem nenhum socorro. 
O diabo já estava na rua desde quinta-feira. Ficou com raiva de ter sido despejado. A raiva era tanta que entrou no meio do vento e levantou umas folhas, uns mosquitos, uns focos de dengue. Um entrou no corpo de Socorro, bagunçou seu sangue, sua cabeça e sua pele. Bagunçou sua casa, a cabeça de todos, e o hospital também. 
O demo se multiplicou e saiu do hospital. Levou filha mais nova pra lá, trouxe filha mais velha pra cá. Levou pra lá até a afilhada que se meteu no meio sem ser chamada. Médico, enfermeira, tia, foram todos convocados. Os que não assim o foram, notificaram a polícia para buscar a filha levada pra lá. Chamaram na hora e lugar errados. Um grito da Socorro no meio do carro expulsou o demo. Quem diria, a mosca-morta reagiu! Um vai e vem de muita gente, e Socorro quando ainda estava sem se mexer, moveu um mundo. Mudou os planos de muito parente. E só ficou a gente, família desde que nasceu. Socorro viveu, e tem mais força agora, porque família é açúcar feita no moinho.
Para quem reclamar por todas as reviravoltas da vida? Para quem agradecer por uma aparente desgraça ter se tornado solução? A força e a vontade da pessoa podem mudar o rumo do redemoinho? Ou ele vem quando se perde todas as forças? De onde vem o diabo? Forças do bem em luta contra o mal? Porque quando há entrega da luta, a pessoa já está em casa, entregando tudo nas mãos de deus. Muito simplificado dizer que ele vem assim. Alguém matutou errado para que o bem acontecesse. Outros fizeram tudo certo para prejudicar. Era uma confusão tão grande, que deus não quis se meter para não levar a culpa, porque até os ateus o culpam. Então, tenho que lembrar que o diabo já estava na rua, desde quinta-feira...

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Diário




Tarde I
ouvindo os pré requisitos
Futuro


Noite I
Infância auf Deutsch
Passado


Noite II
Macunaíma
Ai que preguiça!
Presente


Noite III
Matar fome 
URGENTE


Noite IV
Advil
Paciente


Noite V
Dormir 
Futuro mais que perfeito.
   



Tarde II


   
 Lembranças de um corredor cheio, ruídos e risos espalhados, espelhados, fumantes nos blocos transversais. Mas hoje está quente e vazio. No elevador, olhos fechados. No Bloco F o bailarino de olhos azuis dá sua aula de inglês para os senhores de tardes livres. 

   



Noite I - Prática de Solidão 


Segunda é dia Prática de Solidão. Da I a VII  é obrigatória e não se pode escolher quando fazê-la. 

A Prática de solidão consiste em ir ao cinema, restaurante, fazer compras, visitar museus, ir aos clubes e festas, livraria, shopping, academia em 0 companhia. A parte dedicada à ouvir música, leitura, maratonas de série e escrita de diário é ok porque você faz sozinha mesmo.

Agora estou fazendo uma eletiva. Prática de Solidão VIII. Saio da aula e vou caminhando pela Boulevard 28 de setembro. Tudo fecha às 19hs. Sinto insatisfação, vazio e vontade de comer. Então lembro que não tenho motivo para insatisfação. Ontem mesmo eu e Ana trocamos anéis de prata brilhante. Paro na pizzaria e faço hábitos de Copacabana: lá era de Banana, aqui, Portuguesa. 

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Os Prêmios de Julio Cortázar


Leitura de 2013... 

"Por que dar importância a uma troca de palavras que acontece devido à mais absurda das coincidências?"

"Pérsio diria que o que chamamos absurdo é a nossa ignorância."

A sensação é claustrofóbica, ainda assim, mais prazerosa do que estar por aí nesse mundo que dizem ser "real". Estar no Malcolm (palavra que me lembra manicômio...) sem ter sido premiada me deixa tão em dúvida quanto qualquer um que tenha embarcado nessa viagem sem saber pra onde vai. E tudo que tem dentro dele me parece mais real do que o meu dia a dia.

É muito real parar e observar a imagem que você tem de um grupo de pessoas, e ficar imaginando o que esse grupo de pessoas pensa de você, e pensar que eles fazem o mesmo, enquanto que aqui no mundo real, todos fingem desprezar uns aos outros. López, Claudia, Paula, Raul, Pérsio, Lúcio e Nora conseguem transcender a ficção de Cortázar porque no Malcolm são eles as pessoas colocadas em evidência, enquanto que na vida real acho que seriam exatamente o tipo de pessoas que mais usam máscaras.

Intelectuais, rebeldes, perversos e por algum motivo os únicos que acham que desconfiam de que há algo por trás de tudo o que lhes acontece no navio. Mas me parece que não há nada, se não, paranoia. Pode ser apenas um jogo para mostrar quantos lados existem numa mesma situação. Sim, um jogo de perspectivas mais bem feito do que no filme "O ano passado em Mariembad", disfarçado de jogo de xadrez.

A dúvida me parece ser o maior aliado da perspectiva, quanto mais dúvida, mais mil maneiras de se ver uma mesma situação.
Temos de um lado o ato de não desconfiar de nada e apenas se divertir na viagem, levar uma vidinha comum sem perguntas e cheias de respostas. Criticando, reprimindo quem se movimenta de forma diferente. Por outro, desconfio de nós, de cada palavra que o capitão disse, de cada passo dado, do porquê viemos parar aqui. Vamos arrombar as portas e ver o que tem do outro lado. Sempre 3 portas, uma abre com facilidade, mas não leva a lugar nenhum, se não do lado oposto ao que estamos! Nos achamos fodões, mas diante da dúvida queremos respostas e vamos correndo atrás delas, até com armas! O absurdo disso tudo está incomodando um bocado! Nada de respostas, meras suposições.

E eu leitora, arregalo os olhos e fico perplexa preocupada com o seguinte: se eu estivesse sido premiada e estivesse lá com eles. (Pretensão minha achar que poderia estar lá dentro). Em qual grupo estaria? Seria que peça num jogo de xadrez? E por que desejar ser uma peça de xadrez? Previsível e banal, iria procurar os finlandeses e tirar foto deles. Ou ia ficar preocupada com o fato de o grupo de López ser tão fechado, e estaria doida pra me aproximar deles.

Um detalhe me chamou atenção: a reumática que tomou até água de cogumelo hepático. Eu já vi essa porra desse cogumelo e provei dessa água. É pavoroso, lembra uma água-viva dentro do mar, coisa de que tenho horror! Mas por trás disso está a dor que não passa por nada. Somos todos reumáticos.

Perceber algo de estranho é bom, mas pode nos tornar pessoas insuportáveis. Mas os apáticos também não são insuportáveis? De qualquer maneira todos estamos fazendo algum movimento. Embora estejamos apenas no primeiro dia de viagem. Ainda no primeiro dia de viagem! Que absurdo! 166 páginas e só estamos no primeiro dia. Sim, é por isso que abandonei todos os outros livros e minha estante de livros virou mero enfeite.